quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Preservação e identidade


A qualidade de vida está diretamente relacionado à preservação, ao qual implica, garantir a memória de um cidadão. A continuidade à identidade do ser humano, é fragmentada, em suas ações deixadas na linha do tempo, é o seu testemunho que gera limitações derivadas de sua propriedade, ou seja, seu bem-estar dentro do seu espaço, podendo ser legadas a gerações futuras.
Através da preservação, acontece a ligação de novas culturas, quebrando a linguagem regional e adquirindo um caráter universal com isso, a identidade deixa de ser única e passa a ser coletiva. Registra-se cada momento em que ela se passa, a materialização da cultura e da expressão artística. Se todo bem material é relacionado à cultura, então, a pergunta; porque preservar? Torna-se óbvia quando se pode afirmar, que a cultura é a manifestação artística do homem, que reflete em sua manifestação material ou intangível. É a mesma coisa que perguntarmos; porque preservar as tradições das nossas famílias? Porque sem essa informação, ficamos sem registro e sem identidade. Expressam-se nas maneiras mais simples e mais repentinamente do nosso dia-dia. Assim como o homem, a matéria possui forma e sentido pra sua existência.
Preservar é deixar vivo algum marco da história, para explicar um tal fato, em um dado momento em que existiu. A preservação é a maneira mais ampla de todas as ações que beneficiam a manutenção do bem cultural, porque o hoje, amanhã se torna passado.
As cidades principalmente as históricas, possuem um acervo memorial muito extenso desde sua criação, por isso é tão importante sua conservação e preservação. Ela se junta aos bens não renováveis, uma vez destruídos, mesmo que se reconstrua, não terá sua forma nem sua memória original, um exemplo claro disso, é o antigo Hotel Pilão na cidade de Ouro Preto, vê-se claramente a diferença de época em plena praça Tiradentes.
Deve-se criar algum incentivo de educação patrimonial, para que os monumentos e os lugares, deixam de ter valores pragmáticos assumindo uma maior participação na vida das pessoas. É um elo a se criar com os cidadãos e as políticas públicas, onde possamos nos ingressar no descobrimento e conhecimento das culturas. A vivacidade das cidades se dá, aquilo no qual atribuímos a ela, nossas marcas que deixamos, gera história e conhecimento futuro, sempre vai existir seja material ou imaterial.

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