segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Eu existo, eu penso.


Só ama quem tem amor.
Só reza quem tem fé.
Só tem medo quem tá no escuro.
Só chora quem tem lágrima.
Só bebe quem tem sede.
Só tem planta quando há luz.
Só é louco quem toma remédio.
Só sorrir quem tem dentes.
Só é amado quem tem beleza.
Só se vive porque existimos.
Só morre quem fecha os olhos.
Só roubamos porque tem janelas.
Só resiste quem tem força.
Só acredita quem vai luta.
Só se queima porque tem calor.
Só enxerga o que se gosta.
Só cai quem é fraco.
Só há briga quando há dois seres.
Só existimos porque pensamos.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Navalha na carne


É horrível, quando se quer amar e você acorda sozinho na cama, e percebe que é somente o celular despertando. Cadê as pessoas que querem compartilhar o beijo molhado, o sal da pele, o arroz preparado num sábado a noite? Onde está o cansaço? O bom dia? Ou simplesmente o olhar?

A palavra amor é simplesmente a denominação de sentimentos que possuimos que vem de maneira alternada em nossa mente, então porque privarmos dessas vontades loucas?

Nós queremos edredons até as dez da manhã! E saber que as seis da manhã tudo recomeça, então porque sujamos a toalha de incertezas e egoísmo?

Por isso que a música esquasdros de Adriana Calcanhotto define claramente o que sinto, o que vivo e o que choro. Eu sei que ando pelo mundo a procura de cores que não sei o nome, sei que cada ser tem o reflexo de uma cor estampado no brilho dos olhos, mas no final da cor eu só divirto gente, choro ao telefone e isso tudo acontece da janela do meu quarto da janela do carro.

Procuro os meus amigos, quero alguém pra curar minha alegria o meu cansaço. Mas só vejo crianças correndo não sei pra onde.

Eu só exponho meu modo e mostro eu canto para quem?

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Os cegos do castelo


Havia uma garota cega, que se odiava pelo fato de ser cega! Ela também odiava a todos, menos ao seu namorado! Ele descrevia a ela todas as belezas do nosso mundo... auxiliava ela em tudo... Estava sempre, mas sempre, por perto... muito presente!!! Um dia ela disse que se pudesse ver o mundo, a primeira coisa que ela faria, seria se casar com ele... Em um dia de sorte, alguém doou um par de olhos a ela! Tão grande era sua felicidade!!! Estava louca para conhecer seu namorado, que de costas, a esperavasentado... Quando ela se aproximou, ele lhe perguntou: Agora que voce pode ver, voce se casará comigo??? A garota estava chocada... só agora ela percebeu que seu namorado era cego! Ela disse: Eu sinto muito, mas nao posso me casar com voce, porque voce é cego! Eu nunca imaginei isso... nossa vida seria complicada, dificil... pra mim e para voce!!!O namorado nada fez apenas virou as costas e foi embora, cabisbaixo... então virou-se para tras e disse: Por favor, apenas cuide bem de MEUS OLHOS ..!!!

Moral da História: O egoísmo é o pior caminho a escolher... Voce não perde só as pessoas que lhe amam... e que fariam de tudo por você... mas perde também seu coração... "O sucesso está onde você enxerga, não pode ser um objetivo, é uma consequência. Faça algo por amor e o sucesso virá. Cuide de seus olhos para enxergar além da imagem."

sábado, 20 de setembro de 2008

O gozo, leva o homem a cegueira durante cinco minutos.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Charles Chaplin


A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso. Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade.Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?Charles Chaplin

Preservação e identidade


A qualidade de vida está diretamente relacionado à preservação, ao qual implica, garantir a memória de um cidadão. A continuidade à identidade do ser humano, é fragmentada, em suas ações deixadas na linha do tempo, é o seu testemunho que gera limitações derivadas de sua propriedade, ou seja, seu bem-estar dentro do seu espaço, podendo ser legadas a gerações futuras.
Através da preservação, acontece a ligação de novas culturas, quebrando a linguagem regional e adquirindo um caráter universal com isso, a identidade deixa de ser única e passa a ser coletiva. Registra-se cada momento em que ela se passa, a materialização da cultura e da expressão artística. Se todo bem material é relacionado à cultura, então, a pergunta; porque preservar? Torna-se óbvia quando se pode afirmar, que a cultura é a manifestação artística do homem, que reflete em sua manifestação material ou intangível. É a mesma coisa que perguntarmos; porque preservar as tradições das nossas famílias? Porque sem essa informação, ficamos sem registro e sem identidade. Expressam-se nas maneiras mais simples e mais repentinamente do nosso dia-dia. Assim como o homem, a matéria possui forma e sentido pra sua existência.
Preservar é deixar vivo algum marco da história, para explicar um tal fato, em um dado momento em que existiu. A preservação é a maneira mais ampla de todas as ações que beneficiam a manutenção do bem cultural, porque o hoje, amanhã se torna passado.
As cidades principalmente as históricas, possuem um acervo memorial muito extenso desde sua criação, por isso é tão importante sua conservação e preservação. Ela se junta aos bens não renováveis, uma vez destruídos, mesmo que se reconstrua, não terá sua forma nem sua memória original, um exemplo claro disso, é o antigo Hotel Pilão na cidade de Ouro Preto, vê-se claramente a diferença de época em plena praça Tiradentes.
Deve-se criar algum incentivo de educação patrimonial, para que os monumentos e os lugares, deixam de ter valores pragmáticos assumindo uma maior participação na vida das pessoas. É um elo a se criar com os cidadãos e as políticas públicas, onde possamos nos ingressar no descobrimento e conhecimento das culturas. A vivacidade das cidades se dá, aquilo no qual atribuímos a ela, nossas marcas que deixamos, gera história e conhecimento futuro, sempre vai existir seja material ou imaterial.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008


Estranho seria se eu não me apaixonasse por você
O sal viria doce para os novos lábios
Colombo procurou as Índias
Mas a terra avisto em você
O som que eu ouço são as gírias do seu vocabulário
Estranho é gostar tanto do seu all star azul
Estranho é pensar que o bairro das Laranjeiras
Satisfeito sorri quando chego ali
E entro no elevador
Aperto o 12 que é o seu andar
Não vejo a hora de te encontrar
E continuar aquela conversa
Que não terminamos ontem
Ficou pra hoje

Estranho mas já me sinto como um velho amigo seu
Seu all star azul combina com meu preto de cano alto
Se o homem já pisou na lua
Como ainda não tenho seu endereço?
O tom que eu canto as minhas músicas pra tua voz
Parece exato
Estranho é gostar tanto do seu all star azul
Estranho é pensar que o bairro das Laranjeiras
Satisfeito sorri quando chego ali
E entro no elevador
Aperto 12 que é o seu andar
Não vejo a hora de te encontrar
E continuar aquela conversa
Que não terminamos ontem
Ficou pra ...Laranjeiras

Satisfeito sorri quando chego ali
E entro no elevador
Aperto o 12 que é o seu andar
Não vejo a hora de te encontrar
E continuar aquela conversa
Que não terminamos ontem
Ficou pra hoje.

All Star
Cássia Eller
Composição: Nando Reis

sábado, 6 de setembro de 2008

Paralelos

Meu corpo é apenas uma projeção do seu desejo. O meu ser repugnante, toma formas paralelas na sua cama, arranhado pelo fervor de sua alma insignificante e densa. Não quero que meus lábios encoste no sal da sua pele, mas quero que sua pele introspecte no interrogar dos meus olhos.
Nos dizeres de luzes, sombras, olhares, silêncios e calor, nasce uma junção de elementos ao qual, não se controla a puberdade de um momento inexplicável. Não diga nada, só me aceite do seu lado, até quando o dia não tiver mais sentido, até quando seu sorriso tolo e verdadeiro adormeça, esperando que algo o interrompa do seu estado vegetativo.
A partir de agora, não me veja como um orgão indomável, como um objeto de desejo intocável, posso ser seu a qualquer momento, mas posso não estar presente a cada instante. Meus pensamentos fluem, advertem e se igualam em uma só direção, a arte combinativa e plantada atravéz da junção de dois seres carentes.
Traga uma taça de vinho, ascenda um cigarro e diga até quando posso te admirar! O tempo é curto, inconstante e traiçoeiro, ande logo, beba o vinho, depois, me beije. Faça com que a imaterialidade do meu ser ignorante, ande paralelo com o sentido de sua existência, não queira meu corpo em sua cama apenas momentaneamente, queira na tua mente, nas suas lembraças mais sórdidas e ordinárias, assim me terá todo tempo.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Lembranças de quando eu era feliz e não sabia.


Na sexta-feira dia 29 de agosto deste ano, vi uma cena na tv, que me fez lembrar de um momento marcante na minha vida. A cena era na novela das 14:00, (Cabocla). Estavam contracenando a Regiane Alves (belinha), Patrícia Pilar (Emereciana), estavam as duas, resumidas em um espaço, momentos antes do casamento de Belinha. Ela tinha se teletransportado para um mundo de sonhos experimentando seu lindo vestido. Foi quando a Coronel Boanerges (Toni Ramos), chegou e viu sua filha vestida igual aquela primeira boneca que ela tinha ganhado quando criança. Particularmente, foi um momento mágico, quando os três contracenaram, lembrando a vida desde o nascimento, até aquele momento.

Há um tempo atrás, uns oito anos se faz até então, minha tia Terezinha estava preste a realizar-se um dos grandes sonhos de uma mulher, o casamento. Eu não conseguia imaginar aquele momento pois, ela que tomara conta de mim quando criança, era como se fosse uma mãe de criação, uma mãe perfeita. De repente ali estava, nervosa e linda, seu vestido expressava sua fragilidade e seus olhos o momento que seria somente dela.

Meu avó que sofria de mal de Parkinson, não poderia acompanha-la até a igreja, então ela veio até ele, pra pedir sua bênção. O aguardava na sala, quando ele surgiu lentamente, caminhando de uma maneira sofrida precisando de amparo. Eu aguardava minha tia porque fazia algumas fotos e sem querer presenciei aquele momento.

O meu avô, caminhando em direção à caçula da familia, suas mãos tremiam pela doença e seus olhos tremiam de algum sentimento inexplicável. Ela começou a chorar tanto mas tanto, que mal conseguia abraça-lo. Foi quando ela suavimente soltou sua voz:- Sua bênção pai-

neste momento só deu pra ler teus lábios: -Deus te abençõe filha-.

Pra mim o casamento começara ali. Foi uma comoção tão grande que ninguém queria que aquele momento acabasse. A novela me fez recordar isso, por que Toni Ramos foi tão verdadeiro em sua cena. E apesar de meu avô nao dizer nada, mas o vento que tocou aquele momento na sala, dizia tudo.
Enquanto minha família esperava o sim no altar como o fato principal de um casamento, pra mim ele já tinha acontecido a muito tempo. Pude perceber, o quando é o amor de um pai pra filha. Fui feliz naquele momento e não sabia, precisou que a novela me mostrasse isso.