Talvez eu seja mesmo...
Talvez eu seja, esse menino do interior, mimado, incostante e que não consegue ter um abrigo.
Talvez eu seja este tolo, que ama as pessoas de uma forma diferente, mas que não recebe nada em troca.
Talvez eu seja esse mimado, de sentimento que ainda não descobriu o verdadeiro intelecto de um amor que possa já ter vindo, ou simplesmente ficou no tempo esquecido.
Talvez as pessoas que julgam ter moral, desconhecem o verdadeiro sentido da moralidade. Ou ser moral, é se deitar com 2,3,4 pessoas e não sentir nada por elas, ou simplesmente basear-se em contos, livros e história infatil, esperando que a Branca de Neve mate os sete Anões?
O ser humano é volúvel e mutável, (experiências próprias). Se não condicionamos formas materias para tornar as coisas mais fácil e possíveis, infelizmente deixamos de conviver com outro lado.
Talvez eu seja, o menino cafajeste do interior que reclama por amor, mas é, de tanto esse menino cafajeste reclamar por amor, que cria anti-corpos contra esse sentimento letal que domina as pessoas de forma itensa e insegura, que os deixa cegos a ponto de serem monótomos.
Já disse que queria sentir um amor por alguém, igual ao que sinto por vocês, a única diferença é que não transamos. Talvez seja essa a diferença, desse menino cafajeste do interior que reclama por amor, amar alguns e transar com outros, desejar outros, ignorar outros, ser enganados por outros e sempres os outros, os outros e mais os outros. É o que resume nossa vida ultimamente.... os outros.
Não me venha falar de moralidade, de ética e de normas e posturas porque hoje em dia é muito fácil pisar nas próprias palavras e sentimentos...
Enquanto vocês não forem beatificados, enxergarei como pessoas de sentimento e desejos e nada mais....
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
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2 comentários:
Sim a paixão é intensa. Arde, queima, mutila. É carne viva. E por ela que se perde a cabeça. O amor não. O amor basta por ele; assim o dizem. Completude, entusiasmo, plenitude. Conceitos, conceitos, conceitos... Sobre essas duas extremidades falo o que li. Apenas leitura, como eu faço agora. As minhas paixões são impossíveis e o meu amor parece ficar guardado apenas para mim. Por enquanto só me foi apresentado o amor fraterno. Uma quadrilha maravilhosa. Renato ama Guilherme, que ama Ronaldo, que ama Zé, que ama Gustavo... nos amamos intensamente, nos completamos, nos entusiasmamos. Amor fraterno, sem "Carne", sem queimaduras. No máximo ardores. Coisas separadas claramente. De um lado um, do outro o outro, ou os outros. Parece assim: singular/plural. Sem ponte. Passagem indisponível sem direito a placa de aviso. Logo, perigo desconhecido. Daí a queda, a perda, a falência. Reafirmando, isso é uma leitura como faço sempre. Porque nem eu, nem ninguém podemos dar certeza de nada. Principalmente eu. O Eixo! Estou sempre na linha do meio. Não estou nem para a paixão, nem para o amor. Morno. Não santo! Morno. Com M de moral, com M de marginal. Com desejos a flor da pele e amores entalados garganta abaixo. Asfixia brutal. "Experiências próprias". Não quero morrer sufocado, nem queimado. Não quero e ponto. Disso eu sei, afirmo com certeza. E por saber disso: não sufoco, nem queimo ninguém. Quase um mandamento. Vai que o indivíduo também tenha suas tais convicções. Porque o meu ardor “sadomasô” pode muito bem corroer a pele do outro. Num descuido simples e despercebido. Talvez eu seja esse menino do interior, mimado, “conceitual” e morno. Que ama sem dizer que ama, que se apaixona, mas que trás consigo um extintor para apagar qualquer fagulha que se sobressaia. Talvez, talvez, talvez... Se nem de mim eu sei direito, quem dirá quando o “talvez eu” se misturar com o “talvez do outro”. E este outro não estiver afim de um talvez e sim de convicções claras? Eu olho para meu umbigo novamente, ou fecho os olhos e finjo que não estou vendo?
"Talvez as pessoas que julgam ter moral, desconhecem o verdadeiro sentido da moralidade. Ou ser moral, é se deitar com 2,3,4 pessoas e não sentir nada por elas, ou simplesmente basear-se em contos, livros e história infatil, esperando que a Branca de Neve mate os sete Anões?"
Adorei a qualificação que recebi... Heheh. Aliás, é a mesma de sempre. Pois a história do mundo, desde que ele é o que é na cabeça dos homens, se escreve fatiando o bolo sempre em bons/maus, beatos/pecadores, eleitos/malditos. Todos estes pares demonstram sim uma regra de conduta que vem de fora, violenta. Mas bobo é quem não vê que todo homem é moral, não nos foi concedido viver sem tomar decisões. Talvez eu me pareça sim este agente da Santa Inquisição, trazendo no olhar a repressão, como você sempre destaca, ou então o portador das verdades dos conceitos, que nada entende da prática. Mas o buraco é mais embaixo, pois toda prática depende de valores que carregamos, sejamos filosóficos ou não. E os meus são diferentes do seus quando se trata de amor/paixão/sexo, daí o conflito. Mas engana-se quem pensa que o problema está na simplificação "santinho x devasso". Sem moralismos, nunca te critiquei por questões "numéricas" ou por qualquer outra coisa que eu não teria feito, por ser diferente. Você é tão fiel ao que sente como eu. E aí, meu bem, é cada qual com seu cada um. No problem! Mas a leitura que parece mais viável do meu comportamento parece ser mesmo a de quem crê em contos de fadas, embora ela seja falsa. Não acredito em amores tanto quanto parece. Não tenho urgência nenhuma em encontrar o que quer que seja, porém o mundo é cheio de gente, e elas não raro se esbarram. Acredito nos "acontecimentos", no mistério deles. Pra que correr? Só tenho uma ressalva quanto a estes encontros, que podem ser sublimes ou baixos (quantas vezes não nos humilhamos por pouco, hein?), pois nunca posso alcançar de modo preciso, como Renato disse, os efeitos que causo no outro. Principalmente no uso das palavras...
Aí cheguei aonde queria! A diferença entre nós, Ronaldo, que me desestabiliza a ponto de me tornar tirânico e irritado, é o tratamento diferente que damos às palavras. Isto tudo deriva de uma ingenuidade minha: eu acredito nelas. E quando eu desato a falar e alguns reclamam que aquilo tudo poderia ser resumido num simples "Me beija", eu retruco: Não! Se eu quisesse dizer "Me beija", eu diria. Se não disse, é porque este pedido não estava colado no meu desejo. Eu minto, mas minha voz não mente, alguém já cantou. A minha tirania está em pensar que todos dão o mesmo tratamento pras coisas. Certa vez Zé me disse: "Eu nunca te ouvi dizer que está apaixonado por alguém". Pois é. Ele estava certo! Sempre te respeitei, Ronaldo, e sempre te escutei, que é melhor que ouvir. Mas quando você embaralha tudo e des-diz o que acabou de me dizer no telefone, ou revela ter se tornado falso, numa fração de segundos, aquilo que me confessou com sinceridade no dia anterior, eu sofro, porque sou seu amigo e acredito em você. Mas se você coloca as suas próprias palavras em descrédito o tempo todo, você me força a considerá-las banais, porque mutáveis. E pro que muda o tempo todo, não há palavra. Só silêncio.
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